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Doenças do ouvido.

Perda auditiva:
Existem três partes principais da orelha envolvidas no processo de audição: a orelha externa, a orelha média e a orelha interna.
O processo auditivo começa quando as ondas sonoras entram no pavilhão externo e caminham pelo canal auditivo até o tímpano, fazendo-o vibrar. Essas vibrações são transmitidas aos os três ossículos da orelha média, o martelo, a bigorna e o estribo. Eles fazem com que a vibração sonora seja amplificada antes de ser transmitida à orelha interna. A orelha interna tem uma parte que se chama cóclea que é cheia de líquido e contém as células ciliadas. Quando as vibrações são transmitidas à cóclea, seu fluído interno se move em ondas que também movimentam os cílios das suas aproximadamente 12.000 células ciliadas. As frequências e intensidades do som determinam qual célula ciliada se moverá. Isso faz com que impulsos elétricos sejam gerados e enviados através das vias auditivas ao cérebro para que ele processe a informação. Esses impulsos elétricos são os códigos que o cérebro consegue entender e converter em sons com significado específico.

Existem três tipos principais de perda auditiva: condutiva, sensorioneural e mista. Cada tipo afeta uma parte diferente do ouvido e pode ter várias causas. As perdas auditivas são classificadas em graus conforme sua intensidade. 
A perda auditiva condutiva é aquela em que as ondas sonoras não conseguem ser transmitidas à orelha interna por bloqueio na sua passagem pela orelha externa ou média. Sua maioria é passível de ser revertida através de medicamentos ou cirurgias. Quando não tratadas oportunamente podem tornar-se irreversíveis.

As principais causas das perdas condutivas são:

- Otite média
Otosclerose
Perfuração da membrana timpânica
Fratura dos ossos da orelha média
Bloqueio temporário da orelha externa por alergias, infecções, rolha de cera, etc.

A perda auditiva sensorioneural responde por 90% dos déficits auditivos nos adultos. Deve-se a lesão nas células ciliadas da cóclea e o som não consegue mais estimular essas estruturas e conseqüentemente não é transmitido às vias auditivas para poder atingir o cérebro, onde o som é processado. Uma vez danificadas, via de regra, as células ciliadas não podem ser recuperadas, o que torna esse tipo de perda auditiva permanente. Nesse tipo de perda, na maioria dos casos, os aparelhos auditivos são a escolha de tratamento.

As principais causas de perda sensorioneural são:

Problemas genéticos, que são a principal causa desse tipo de perda auditiva.
Presbiacusia, que é a perda comum ao processo natural de envelhecimento. Na faixa etária de 60 a 65 anos de idade, estima-se que aproximadamente 30% das pessoas têm uma perda auditiva significativa o suficiente para afetar sua capacidade de ouvir os sons do cotidiano.
Exposição a ruído tanto de forma súbita como em uma explosão, quanto de forma contínua como nos trabalhadores expostos a ruído ocupacional.
Ototoxicidade, que é o dano causado por medicamentos que agridem a estrutura do ouvido interno.
Traumas que levem a ferimentos na cabeça.
Infecções como a rubéola durante a gravidez, caxumba, meningite.
Problemas durante o trabalho de parto ou logo após ele, como falta de oxigenação temporária, infecções bacterianas, icterícia, etc.
A Perda Auditiva Mista se caracteriza pela associação das duas causas de perda auditiva, ou seja, uma combinação da perda auditiva condutiva e sensorioneural.

Graus de Perda Auditiva
As perdas auditivas são classificadas de acordo com sua intensidade em leve, moderada, severa ou profunda. Leve a moderada são os tipos mais freqüentes de perda auditiva. Os graus severos e profundos são raros nas perdas auditivas condutivas.

Sintomas da Perda de Audição

As principais características de quem tem perda auditiva são:
pedir aos outros para que se repita o que falaram.
as pessoas do convívio dizem que a pessoa não ouve bem.
o paciente deixa a TV ou o rádio em volume mais alto do que os outros.
o paciente tem dificuldade em entender conversas com ruídos ao fundo.
a pessoa tem dificuldade em acompanhar conversas em grupo.
a pessoa tem dificuldade em identificar de onde os sons estão vindo.

Efeitos da Perda Auditiva
A perda auditiva não tratada precocemente costuma afetar o desenvolvimento da linguagem de crianças e as deixar com dificuldade de comunicação na vida adulta. Tais danos costumam trazer as seguintes conseqüências:

Comunicação:
Conversa-se menos. 
Usa-se menos o telefone. 
Não se conversa com familiares e amigos.

Social:
Isolamento social.
Evitam-se grupos e estranhos. 
Redução da eficiência no trabalho.

Emocional: 
Raiva.
Frustração. 
Falta de concentração. 
Depressão.
Embaraço.
Ansiedade. 
Distanciamento das pessoas.

O tratamento adequado, seja através de uso de medicamento, cirurgia ou uso regular de aparelho auditivo, combinado com a prática de comunicação assessorada por profissional habilitado, ajuda as pessoas com perdas auditivas a levarem uma vida normal.
Avaliações Auditivas
É a forma de se confirmar a existência ou não de perdas auditivas. Os testes não são simples e indolores. Para maiores detalhes consulte os exames realizados no Instituto Brasileiro do Sono.

Otites: são os processos inflamatórios, infecciosos ou não, das diversas regiões da orelha. Destacam-se:
- Otite externa: é a inflamação da orelha externa, geralmente por entrada de água na ou trauma local, comumente causado por cotonete ou qualquer outro instrumento introduzido no canal do ouvido. Ela é mais comum no verão. O paciente costuma queixar-se de dor de ouvido e sensação de ouvido entupido e ao ser examinado se observa o canal auditivo vermelho e com edema. O tratamento é geralmente com medicamentos.

- Otite média aguda: é a inflamação da orelha média que é mais comum nos meses de inverno e nas crianças. Geralmente é uma evolução de uma gripe e costuma causar dor intensa e súbita juntamente com a sensação de perda auditiva. Caso ocorra a perfuração da membrana timpânica, pode haver eliminação de secreção com pus e sangue. Em alguns casos pode ocorrer também febre alta e mal estar geral. O exame mostra a membrana timpânica vermelha e abaulada. O tratamento é geralmente com medicamentos.

- Otite média serosa ou secretora: é uma evolução da otite média aguda. Ocorre um acúmulo de secreções na orelha média, internamente ao tímpano, devido a gripes freqüentes ou nas crianças que não respiram bem, por rinites alérgicas, aumento das tonsilas palatinas (amígdalas) e das adenóides, dentre outras causas. O sintoma principal é a perda de audição, a criança fala alto, assiste ao televisor com volume alto, fica desatenta e o rendimento escolar cai.

A suspeita advém do quadro clínico e ao exame físico se observa secreção atrás da membrana timpânica. Ao se solicitar a audiometria e imitanciometria, encontra-se perda auditiva de graus variáveis além de diminuição da vibração do tímpano.

O tratamento é geralmente com medicamentos, mas em casos específicos pode haver a necessidade de cirurgia.

- Perfuração da membrana timpânica: algumas otites são causadas por bactérias que destroem parcialmente a membrana timpânica, levando à permanência desta perfuração. Pode ser também secundária a trauma, em especial com cotonetes, agressões físicas ou por pressões bruscas, como ondas do mar. A principal queixa é a diminuição da audição, além de drenagem de secreção pelo ouvido toda vez que a pessoa deixa entrar água no canal auditivo. A dor é incomum nesses casos. O exame físico mostra a perfuração da membrana timpânica e a audiometria confirma a perda auditiva causada pela perfuração. O tratamento consiste em evitar que se entre água na orelha, através do uso de tampões, gotas de antibióticos nas crises quando drena secreção e como método definitivo a cirurgia chamada timpanoplastia, em que é colocado um enxerto para fechamento da perfuração.

- Otite Média Colesteatomatosa: é a apresentação mais agressiva das inflamações da orelha média, em que ocorre a proliferação de tecido escamoso como pele da orelha média, geralmente associada à perfuração da membrana timpânica, causando a eliminação de secreção amarelada com cheiro muito fétido, além de perda auditiva progressiva. Como a lesão é destrutiva, pode ocorrer erosão dos ossos anexos, evoluindo para paralisia facial e até mesmo meningite. O diagnóstico é baseado no quadro clínico, pelo exame físico e confirmado pela tomografia computadorizada que vai mostrar a extensão da doença.
O tratamento se baseia em cirurgia de timpanomastoidectomia para remover a lesão e reconstituir, se possível, a membrana timpânica.

Doenças do labirinto: 
- as labirintopatias, popularmente chamadas labirintites, são doenças da orelha interna (labirinto) que podem ser ocasionadas por vários distúrbios como as alterações da coluna vertebral, lesões das células de dentro da orelha interna, diabetes, aumento das taxas de triglicérides e de colesterol, anemia, distúrbios da glândula tireóide, problemas na região têmporo-mandibular, problemas emocionais, uso de álcool e fumo, abuso de cafeinados, dentre outros. As principais queixas dos pacientes são: tontura, zumbido, diminuição da audição, pressão nas orelhas, náusea, vômito, cefaléia, palidez, falta de ar, dentre outras.

O diagnóstico das labirintopatias é feito pelo quadro clínico, exames laboratoriais para se encontrar doenças causadoras do distúrbio e de forma específica, através do exame otoneurológico computadorizado, disponível no Instituto Brasileiro do Sono (vide exames realizados no Instituto Brasileiro do Sono).

- o zumbido ou tinitus é a sensação de barulho percebida dentro do ouvido ou dentro da cabeça, sem que haja uma fonte externa de sons. Assim como as labirintopatias, o zumbido pode estar relacionado a várias doenças que precisam ser investigadas, como causa importante se destaca a perda auditiva. Muitas vezes o tinitus causa distúrbios do sono, dificultando que o paciente durma bem. Há tratamento para o zumbido, inclusive havendo casos em que é possível remissão completa do sintoma.

Doenças do Nariz e Seios Paranasais

Rinite 
Dentre as funções do nariz podemos citar: respiração, olfato, ressonância da voz, estética da face e, indiretamente, o paladar. 
Durante a respiração, as estruturas internas do nariz atuam regulando o fluxo de ar, facilitando o seu condicionamento, filtração, umidificação e aquecimento, para que seja levado até os pulmões.

O olfato, importante função sensorial do nariz, participa intimamente do paladar, proporcionando as condições necessárias para que possamos distinguir não só os diferentes odores, como também os sabores dos alimentos.

O nariz se localiza na área mediana da face, assumindo uma posição em comunicação direta com os seios paranasais (seios paranasais), faringe e ouvidos. Assim, a emissão da voz e a audição também se fazem graças a uma boa respiração nasal.

Sabemos que o crescimento da face depende da respiração nasal. A obstrução do nariz pode acarretar alterações no desenvolvimento e estética do rosto, como, por exemplo, face alongada, lábios entreabertos, mandíbula pequena, estreitamento da maxila, dentes desalinhados, mordida aberta, entre outras.

Rinite alérgica é a inflamação da mucosa de revestimento interno do nariz, desencadeada pela exposição a fatores que provocam reação alérgica (alérgenos). Tem como principais sintomas a congestão nasal, secreção nasal (coriza), coceira, espirros e diminuição do olfato. A coceira às vezes não se limita ao nariz, podendo ocorrer nos olhos, ouvidos, palato e garganta. Em crianças podem ocorrer episódios de sangramento nasal.

A obstrução do nariz pode diminuir a aeração dos seios paranasais e ouvidos, podendo provocar dor de cabeça e sensação de ouvidos tampados. Também pode acarretar respiração pela boca e, conseqüentemente, ronco.

Dentre os fatores que causam a alergia nasal, podemos citar:

- Ácaros: presentes na poeira domiciliar, proliferam-se em travesseiros, colchões, carpetes, almofadas e cobertores;
- Fungos (mofo): encontrados em locais com umidade excessiva;
- Baratas: a decomposição corporal destes insetos mistura-se à poeira domiciliar;
- Pelos de animais: principalmente gatos, hamsters e cães;
- Pólen de plantas: principalmente nos meses de inverno e outono;
- Exposição ao fumo: é o principal agressor e poluente do ambiente intra-domiciliar, podendo desencadear e agravar a rinite alérgica;
- Poluição Ambiental: derivados do petróleo eliminados por automóveis;
- Substâncias inaladas por alguns tipos de profissionais: poeira de trigo, pó de madeira, cheiro de detergentes, látex, etc;
- Antiinflamatórios não hormonais: principalmente o AAS.

Como principais complicações ou conseqüências da rinite alérgica, podemos listar as sinusites, tosse, respiração bucal, otites e asma.

Outros tipos de rinites incluem:

- Rinites Infecciosas: causadas por vírus, bactérias ou outros agentes;
- Rinite vasomotora (ou Idiopática): congestão nasal por dilatação dos vasos sanguíneos de causa desconhecida;
- Rinite por medicamentos: gotas nasais, antipsicóticos, anti-hipertensivos, etc;
- Rinite por alimentos (ou gustatória): surge devido à ingestão de alimentos quentes, muito temperados ou apimentados;
- Rinites hormonais: como, por exemplo, a obstrução nasal da gravidez;
- Rinite por refluxo gastroesofágico;
- Rinites ocupacionais: por fatores encontrados no ambiente de trabalho;
- Rinite emocional;
- Rinites não alérgicas: sem causas conhecidas;

Entre outras.

Em relação ao tratamento da alergia nasal, o primeiro passo é identificar as causas da alergia e, se possível, afastá-las por meio de medidas de higiene ambiental.
O tratamento medicamentoso deve ser sempre orientado por médico.

Sinusite 
Anexos ao nariz, encontramos os seios paranasais, estruturas que apresentam comunicação direta com o nariz e, por isso, muitas vezes com problemas relacionados a ele. O mais comum é a sinusite, inflamação dos seios paranasais que causa dor em pressão na face, secreção nasal de coloração variando desde clara espessada até verde amarelada, a mal estar geral do paciente, febre e tosse. A sinusite pode ser aguda, como a que ocorre na complicação das gripes, ou crônica, quando a aguda não é bem tratada. A confirmação diagnostica pode ser dada Por exames de nasofibroscopia ou exames de imagem, tais como radiografias e tomografias. Deve-se distinguir a dor da sinusite crônica e a enxaqueca, a fim de que seja instituído o tratamento correto.

Desvio septal 
O desvio de septo nasal é a principal causa anatômica de obstrução nasal. Ele consiste em uma tortuosidade da cartilagem ou do osso do septo que separa as duas cavidades nasais, dificultando a passagem de ar. Sua origem pode ser genética ou traumática. As principais repercussões da obstrução nasal são a piora do desempenho físico, desconforto crônico na garganta, presença de “pigarro” e dor de garganta de repetição, principalmente pela manhã e que melhora no decorrer do dia. Outros sinais e sintomas são dificuldade no dormir, sono agitado, ronco e apneia do sono (parada respiratória durante o sono). O tratamento do desvio do septo nasal geralmente é cirúrgico.

Doenças da Laringe

Laringites
É a inflamação da laringite que pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, além das formas crônicas secundárias a agentes químicos, físicos dentre outros. As comuns são as virais. As queixas mais freqüentes são rouquidão, dor de garganta, tosse, febre, dificuldade para deglutir ou respirar. As laringites bacterianas geralmente são evoluções das laringites virais ou infecções das vias áreas inferiores. A infecção fúngica está freqüentemente ligada à baixa de imunidade geral ou local e podem ser vistas nos pacientes em tratamento de asma brônquica com uso de corticóides inalados. O refluxo gastroesofágico leva inicialmente a uma laringite química que tende a durar longo período. Os pacientes podem reclamar de rouquidão, tosse, “pigarro” e sensação de bola “presa” na garganta.

Nódulos Vocais
Comuns em mulheres, crianças e profissionais da voz, como professores, cantores, locutores, religiosos, entre outros.
Devem-se geralmente ao trauma local decorrente do uso inadequado da voz. Os nódulos vocais são caracteristicamente presentes em ambas pregas vocais, com aspecto simétrico.

Quanto maiores os nódulos vocais, maior será o espaço entre as pregas vocais ao se tocarem durante a fonação, são as chamadas fendas glóticas e quanto maior a fenda, maior o escape de ar, piorando a qualidade vocal.

São lesões benignas que costumam responder bem a exercícios de fonoterapia. O tratamento cirúrgico pode ser indicado em casos específicos.

Pólipos Vocais 
Os pólipos das pregas vocais são lesões benignas, geralmente secundárias a processos inflamatórios, trauma local por uso inadequado da voz, tabagismo, refluxo gastroesofágico e como conseqüência de lesões pré-existentes na prega vocal.

Podem ter aspecto pequeno, grande, largos ou pediculados, transparentes, gelatinosos ou hemorrágicos, acometendo uma ou as duas pregas vocais, geralmente assimétricos. O impacto na voz é muito variável, porém sempre maior que nos nódulos vocais. A maioria dos casos requer tratamento cirúrgico associado a fonoterapia.

Edema de Reinke
Lesão de aspecto gelatinoso difuso, ocupa todo espaço de Reink da prega vocal e que geralmente acomete os dois lados. É mais comum em mulheres de meia idade e tabagistas. A voz fica mais grave e pode chegar a causar dificuldade para respirar em casos mais avançados com dimensões grandes.

Cistos Intra-Cordais e Sulcos Vocais
São lesões das pregas vocais que, junto com outras três lesões, o micro-diafragma de comissura anterior, as vasculodisgenesias e a ponte de mucosa, são classificadas como alterações estruturais mínimas.

São lesões congênitas, que apresentam como principal manifestação clínica o grande comprometimento da voz e isso se deve ao fato de se localizarem nas camadas mais profundas das pregas vocais, região muito importante para a produção da voz. O tratamento microcirúrgico é o indicado na maior parte dos casos. 
Os cistos podem ser abertos ou fechados e os sulcos se apresentam em formas também diferentes, decorrente dos graus da penetração do sulco para o interior das pregas vocais.

Os pseudocistos da prega vocal se localizam na camada mais superficial (epitelial) das pregas vocais, sendo esse um dado importante para os diferenciar dos verdadeiros.

Leucoplasias
As leucoplasias são lesões brancas, espessas, vistas na superfície das pregas vocais, embora possa acometer toda mucosa das vias respiratórias superiores, decorrentes de irritação crônica, continuada e intensa. São consideradas lesões pré-malignas devendo ser monitorizadas e removidas em casos específicos, sob o risco de evoluir para o câncer de laringe.

Paralisias
A laringe recebe inervações motora e sensitiva. O acometimento dessa inervação em situações específicas, como trauma cirúrgico, principalmente da glândula tireóide, em infecções virais, em tumores, dentre outras, pode levar à paralisia da laringe.

Antes de se iniciar qualquer terapia, é importante que se procure causas específicas para a paralisia e estas causas podem estar no cérebro, no tronco encefálico, na região cervical ou até mesmo no tórax.

O tratamento vai variar conforme o do tipo da paralisia, uni ou bilateral, bem como a posição da prega vocal paralisada, podendo ser indicado: fonoterapia, cirurgias endoscópicas e ainda cirurgias no pescoço chamadas tireoplastias, que visam a reposicionar a prega vocal paralisada na linha média, assim restaurando a qualidade vocal.

Papilomatose da Laringe
Embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, ela é mais freqüente em crianças. Por isso se fala em duas formas clínicas: a papilomatose juvenil, via de regra mais grave e a papilomatose do adulto.

A papilomatose é uma lesão benigna, causada pelo vírus do grupo do HPV, podendo ser adquirida na hora do parto, através do sangue, bem como através de relações sexuais, ou ainda ser transmitida por via placentária da mãe para a criança. Localiza-se na mucosa da laringe, formando lesões descritas como cachos de uva.
É o tumor benigno mais comum na laringe, causa alteração progressiva da voz, chegando a afonia (perda total da voz) e obstrução respiratória nos casos mais graves. O tratamento é complexo e envolve cirurgia.

Neoplasias
Os tumores malignos da laringe são comuns e têm como principais causas o tabagismo e o consumo de álcool. A sua detecção em estágios iniciais permite a cura. Mais de 90% das neoplasias de laringe são representadas pelo carcinoma espinocelular. As queixas mais comuns desses pacientes são voz rouca e dor no ouvido. Com a progressão da doença ocorre dificuldade para respirar.

Quanto maiores as lesões, maior a probabilidade de se precisar de cirurgias abertas a fim de se retirar parcial ou totalmente a laringe. Nos casos de laringectomia total, a possibilidade de desenvolvimento por meio de treinamento fonoterápico de voz esofágica ou a implantação de válvula fonatória permitem a recuperação da fonação, geralmente com seqüelas.

Fonoterapia
A participação do fonoaudiólogo no tratamento das doenças da laringe é de fundamental importância. Via de regra, este profissional participará no atendimento dos problemas de voz, tanto no tratamento quanto na prevenção dos problemas vocais. Destaca-se ainda sua importância na orientação de exercícios de reabilitação no pós-operatório de cirurgias da laringe.

Um novo campo que surgiu atualmente é o trabalho de estética vocal, muito indicada como no preparo de profissionais da voz para melhor resultado e desempenho de suas funções.

As técnicas e a duração do tratamento são individuais dependendo das necessidades de cada paciente.

Doenças da Faringe

Faringite
Infecção da mucosa faríngea, sua principal apresentação é a aguda, causando principalmente dor ao engolir, febre, mal estar geral, dor muscular e indisposição. A região se torna avermelhada e podem surgir pequenos caroços (linfonodos). Geralmente são causadas por vírus, mas as bactérias também são comuns como causadores de faringite.

Tratamento:
Reside em aliviar os sintomas com analgésicos e antiinflamatórios e nos casos de infecção por bactérias, usam-se antibióticos específicos.

Amigdalite Aguda
É a infecção súbita das tonsilas (antes chamadas amígdalas), tendo como agentes causadores mais freqüentemente os vírus e as bactérias. A maioria dos casos ocorre no outono e inverno, podendo acometer qualquer faixa etária, porém sendo mais comuns em crianças. O paciente costuma apresentar dor local que dificulta para engolir, febre e pequenos caroços (linfonodos) no pescoço. Dor de ouvido irradiada, indisposição geral, cefaléia, náusea, vômitos e dor abdominal também podem estar presentes. As tonsilas se apresentam avermelhadas e às vezes com pontos de pus.

Tratamento:
Reside em aliviar os sintomas com analgésicos e antiinflamatórios e nos casos de infecção por bactérias, usam-se antibióticos específicos.

Mononucleose Infecciosa
Infecção causada por vírus, mais comum na adolescência, costuma causar placas esbranquiçadas na garganta, febre, mal estar, cefaléia e grandes caroços (linfonodos) no pescoço, axilas e região inguinal.

Tratamento:
Reside em aliviar os sintomas com analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios. Recomenda-se ainda repouso e hidratação adequada. O uso de antibióticos específicos pode causar reação adversa intensa.

Amigdalite Caseosa
Em algumas pessoas as tonsilas palatinas são chamadas crípticas, isto é, apresentam pequenos orifícios nos quais restos de alimentos podem-se acumular e quando liberados dão origem ao caseum, pequenas bolinhas esbranquiçadas com aspecto de massa e que apresentam cheiro muito desagradável, sendo causa comum de mau hálito.

Tratamento:
Gargarejos bucais levam a resultados paliativos. O tratamento definitivo é a remoção das tonsilas palatinas quando o incômodo, em especial o constrangimento social, compensa a cirurgia.

Abscesso Periamigdaliano
É uma complicação de amigdalite, onde ocorre a formação de pus entre as tonsilas palatinas e a parede da faringe, local chamado de espaço peritonsilar. Os sintomas diferem da amigdalite aguda, por serem mais intensos, impossibilitando o paciente de deglutir e até abrir a boca. A voz fica muito comprometida e em casos mais severos pode ocorrer obstrução importante à respiração.

Tratamento:
A drenagem do abscesso se impõe de imediato assim como o tratamento paralelo com antibióticos, antiinflamatórios, antitérmicos, corticóides em casos específicos, além de hidratação adequada.

Quando se deve remover as tonsilas palatinas (amígdalas).
Cada vez menos se removem as tonsilas palatinas nos dias de hoje, embora sua função na vida adulta seja mínima, há quem acredite que nem haja, o tratamento cirúrgico se aplica basicamente apenas seguintes situações:

- Tonsilas aumentadas de tamanho, que causem dificuldade respiratória ou para se engolir.
- Infecções de repetição nesses órgãos.
- Abscesso periamigdaliano.
- Suspeita de neoplasia.
- Halitose por amigdalite caseosa.
- A remoção das tonsilas quando bem indicada, mesmo na infância, ao contrário do que se fala, não traz danos à saúde do paciente, não predispondo a infecções em estruturas mais baixas da via respiratória.

Doenças da Boca

Aftas 
As aftas podem afetar qualquer parte da mucosa bucal e geralmente surgem como ulcerações superficiais esbranquiçadas, arredondas com cerca de 2 a 5 milímetros de diâmetro, podem-se apresentar isoladas ou em grupo, provocam dor importante e regridem em 8 ou 10 dias sem deixar cicatriz. Sua causa não é conhecida, mas se relacionam a traumatismos locais, estresse emocional, doenças digestivas, alergias alimentares, doenças auto-imunes, entre outras.

Tratamento:
O tratamento consiste em combater a dor com medicamentos tópicos e por via oral. Casos recorrentes e com aftas maiores devem ser melhor avaliados, podendo-se usar medicamentos preventivos por longo período de tempo.

Herpes
Doença viral recorrente, acomete a pele e/ou a mucosa de adolescentes e de adultos, tendo como causador o vírus do herpes simples. Inicialmente causam sensação de ardor e de avermelhamento, evoluindo com pequenas bolhas que se rompem espontaneamente formando crostas. Cicatrizam em cerca de 15 dias. As recorrências são comuns, principalmente em períodos de estresse, na exposição ao sol e em estados de baixa imunidade.

Tratamento:
Consiste no controle dos sintomas com medicações tópicas e por via oral. Medicamentos antivirais também podem ser utilizados em casos selecionados.

Candidíase Oral
Doença infecciosa causada por fungo chamado cândida (monilíase), provocando lesões esbranquiçadas, afetando a língua, a mucosa bucal e a gengiva. Mais comum em pacientes que usam corticóides, antibióticos, medicamentos para tratamento do câncer e os que apresentam déficit da imunidade. O quadro clínico consiste de dor local com placas brancas.

Tratamento:
Usa-se medicamento antifúngico, mas também é importante o tratamento dos fatores que predisponham o problema.

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